Ministério de Louvor
VISÃO MINISTERIAL E SUAS IMPLICAÇÕES NA VIDA DA IGREJA LOCAL
Louvar é reconhecer as virtudes de Deus, é exaltar a Jesus em todas as dimensões da vida, louvar é colocá-lo no centro de tudo o que se faz e almeja enquanto Corpo de Cristo, sua igreja.
Na COMUNIDADE BETEL NOVA ALIANÇA esta é a base para o ministério de louvor e adoração, e exige compromisso, amor, dedicação, sacrifício alegre e trabalho disciplinado e contínuo, buscando sempre a glória de Deus.
O QUE É MINISTÉRIO?
Ministério vem da palavra grega diakonia, e significa serviço. Adhemar de Campos diz: “O ministério é serviço com espírito de adoração, e adoração com espírito de serviço”.
Cada pessoa no Corpo de Cristo recebeu dons, talentos e habilidades para desempenhar um serviço. Isto significa que cada indivíduo na igreja tem sua função de servir através de seus dons e talentos para o crescimento do Corpo de Cristo (Efésios 4:16).
Ter uma função não implica em superioridade, mas é simplesmente ter uma tarefa específica a ser executada visando o crescimento da igreja, o que resulta em glória a Deus.
Acreditamos que no ministério de louvor é preciso ter claro este ensinamento bíblico, ou seja, Deus separando pessoas para um serviço específico, concedendo a elas dons, talentos e habilidades para tal tarefa.
No Antigo Testamento temos o ministério levítico instituído por Deus através de Moisés e depois através de Davi, onde pessoas do povo de Deus foram separadas para uma tarefa específica (1ª Crônicas 15:2 e 25:1), capacitadas tecnicamente (1ª Crônicas 25:7) em constante aprendizagem (1ª Crônicas 25:8), e que tinham disponibilidade de tempo (1ª Crônicas 9:33).
Cremos que hoje não é mais aplicável o ministério levítico nos moldes do Antigo Testamento. Os levitas auxiliavam no cuidado da administração do tabernáculo, bem como na execução de ritos sacrificais (Números 1:50, 3:6, 9, 8 e 18). Aos levitas não era dado possessão na terra (Josué 14:1 a 5). Eles deviam viver exclusivamente para o serviço sacerdotal (Números 8:13 a 22), e recebiam as primícias de tudo aquilo que era ofertado ao tabernáculo/templo (Números 18), tendo eles mesmos de dar o dízimo dos dízimos. Em poucas palavras, os levitas viviam em função do tabernáculo/templo e eram sustentados por ele. Após a destruição do templo em Jerusalém pelos romanos, por volta do ano 70 d.C. o ministério levítico perdeu, historicamente, a razão de ser.
Em que pese o que foi escrito acima, o que fica para nós são os valores éticos e morais, ou seja, pessoas chamadas por Deus para uma tarefa específica, capacitadas tecnicamente e em constante aprendizagem (discipulado), que tenham disponibilidade e tempo, sob autoridade de uma liderança.
Por isso um dos objetivos do ministério é a busca pela excelência, não pelo perfeccionismo, que é doentio, mas procurar fazer o melhor possível, em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai (Colossenses 3:17).
Se queremos perseguir a excelência, isso requer trabalho duro, mas não significa que não há espaço para primeiros passos vacilantes, para a experiência, para erros, e para o desenvolvimento. Mas significa que não há espaço para preguiça, para a mediocridade que pode se estabelecer nas igrejas, sem qualquer interesse pela qualidade. Não queremos fazer apenas o suficiente para cumprir tabela. Deus merece muito mais do que isso, Ele merece o nosso melhor. Estamos falando sobre fazer o melhor possível através de nossos dons e talentos, e isso envolve esforço contínuo.
É comum se pensar que o ministério se faz com trabalho voluntário ou de colaboração, mas apesar disso não ser ruim, não é o suficiente. Há um nível de compromisso maior, que está ligado ao nosso “chamado”.
Devemos ter consciência de que o ministério é um privilégio. O apóstolo Paulo constantemente referia-se a ele como um “chamado elevado”. Ser útil ao seu Mestre era a coisa mais importante que ele podia fazer sua vida (2ª Timóteo 2:21 e 4:11).
Devemos lembrar que não é Deus que tem a sorte de nos ter a seu serviço, mas nós é que somos privilegiados em servi-lo.
Há diferenças claras entre os que colaboram e os que têm consciência de ser chamados por Deus. Não que o voluntariado seja algo errado, existe, no entanto um nível mais profundo de comprometimento, alegria e motivação para aqueles que sabem que foram chamados por Deus. Devemos ser prudentes para não fazer do chamado algo super-valorizado, místico, algo esotérico até. Estamos falando de algo mais “pé no chão”: Deus nos chama para servir com nossos dons e talentos na igreja local. Quando nos tornamos conscientes de que estamos fazendo o que Deus quer que façamos, nossas vidas ganham sentido e significado mais profundos, encontrando profunda alegria e contentamento.
1- Voluntários vêem seu envolvimento na equipe de louvor como um favor que fazem, mas pessoas chamadas por Deus vêem como serviço. O ministério não é encarado levianamente, há senso de responsabilidade e compromisso em tudo o que se faz.
2- Voluntários constantemente medem seus esforços, mas pessoas chamadas por Deus mostram que assumiram o compromisso. Servir é uma prioridade em suas vidas, servir lhes fortalece. Dentro de uma escala de valores, procuram organizar-se em função de seus compromissos no ministério, ao contrário de dedicar o pouco tempo que resta dentro de uma agenda cheia.
3- Voluntários recuam quando se trata de resolver conflitos de relacionamentos, mas pessoas chamadas por Deus buscam equacionar esses conflitos em nome da unidade da equipe de louvor. Tentam resolver esses conflitos de maneira cristã, como Jesus orienta em Mateus 18.
4- Voluntários encaram ensaios, reuniões, montagem e desmontagem do som como mais uma tarefa a cumprir, mas pessoas chamadas por Deus vêem isso como outra oportunidade de serem usadas na vida dos outros e assim servir a Deus.
5- Voluntários não fazem preparações ou ensaios extras, mas pessoas chamadas por Deus procuram chegar preparadas para os ensaios. O voluntário fará apenas o suficiente para dar conta do recado. Farão o mínimo dos mínimos, afinal são somente colaboradores. Por outro lado, pessoas chamadas por Deus querem glorificá-Lo, dando a Ele o seu melhor.
6- Voluntários sentem-se ameaçados pelo talento de outros, mas pessoas chamadas por Deus o louvam por distribuir dons e talentos conforme a Sua vontade. Em vez de se sentirem ameaçadas quando um novo membro é acrescentado ao grupo, pessoas chamadas por Deus vêem os novos amigos como companheiros de ministério, procurando não dar lugar a sentimentos de ciúmes e inveja.
7- Voluntários desistem diante da adversidade ou desânimo, mas pessoas chamadas por Deus fincam raízes e perseveram. Quando ocorre um problema, pessoas chamadas por Deus não sentam e reclamam ou descarregam tudo em cima do líder, dizendo: “É melhor você resolver isso ou estou fora”. Elas não batem em retirada quando as coisas se complicam, mas oram, escolhem fazer parte da solução em vez de ser parte do problema. Entendem que quando Deus as chama para servir, Ele nunca as abandona e estará sempre ao lado.
8- Voluntários procuram se realizar em seus talentos e habilidades, mas pessoas chamadas por Deus sabem que ser usadas por Ele é a experiência mais recompensadora que podem ter na vida. Pessoas chamadas por Deus são mais interessadas em glorificar a Deus do que em exibir seus talentos. Estão interessadas em fazer a vontade de Deus e não a própria.
Desejamos que cada componente do ministério de louvor não seja apenas um colaborador, mas seja um indivíduo consciente e convicto do chamado de Deus para servir na igreja, humildemente reconhecendo que Deus provê a capacitação para servir, e promove crescimento pessoal como servo. O chamado é a motivação por trás do seu serviço.
Há vários motivos que levam alguém a desejar participar do ministério de louvor numa igreja local. Um deles é o desejo de auto-afirmação como músico, com o foco ego-centrado na realização pessoal. Outro motivo é porque alguém simplesmente “gosta de cantar ou tocar”, e ainda não amadureceu uma visão ministerial. Gostar é bom, mas não é o suficiente. É preciso um envolvimento maior, deve existir o desejo de crescer na área de atuação. Por outro lado, habilidade e virtuosismo também não são suficientes. Mais importante é desenvolver o caráter de Cristo em todos os aspectos da vida para assumir as responsabilidades no ministério.
Às vezes pessoas não têm outro grupo onde possam se realizar como indivíduos, então a sua motivação é ter no ministério de louvor um grupo de amigos com quem possam se relacionar. Não que esses motivos sejam totalmente errados, mas não é justo e nem bíblico alguém participar do ministério sem ter como motivação maior o seu chamado.
Então o que é necessário para fazer parte do ministério de louvor da comunidade betel nova aliança
1- Ser convertido, ou seja, ter tido uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Uma observação: Colocar uma pessoa no ministério com o fim de evangelizá-la contraria a nossa visão.
2- Estar envolvido na vida da igreja, fazer parte de um grupo de comunhão ou de interesse, participar do Nutre, reuniões de oração, cultos públicos, assembléias, etc...
3- Ter o chamado específico para este ministério.
4- Ter disponibilidade de tempo para realizar as tarefas dentro do ministério, e não apenas o tempo que sobra.
5- Participar regularmente das atividades do ministério, como estudo bíblico e oração, acampamentos, convivências, ensaios, etc...
6- Ter habilidades e dons na área de atuação, não significando que seja um expert, mas com a consciência de que recebeu de Deus estes talentos e deseja desenvolvê-los na visão de oferecer o melhor (excelência). E aconselhável que cada membro do ministério esteja constantemente procurando aprimorar seus conhecimentos musicais e técnicos.
7- Submeter-se a uma avaliação pastoral.
8- Submeter-se a uma avaliação técnica, feita por pessoas capacitadas para tal tarefa e designadas pelos pastores.
Para o bom andamento do ministério, citaremos as mais importantes responsabilidades dos grupos de atuação.
RESPONSABILIDADES DOS TÉCNICOS DE SOM
Cada indivíduo da equipe de som deve manter-se consciente de que a sonorização é um serviço essencial para a igreja. Por isso o técnico escalado deve estar atento a qualquer atividade que esteja programada para a semana.
Durante a semana é importante fazer contato com o líder da banda ou o dirigente para se informar da formação vocal e instrumental da banda ou ainda da existência de alguma outra atividade no culto de domingo (coral, convidados especiais, teatro, etc). Muito importante também confirmar o horário de ensaio.
Uma vez bem informado, o técnico deve planejar quanta antecedência será necessária para que no domingo o som esteja montado e pronto no horário estabelecido para o ensaio. Essa antecedência deve ser de no mínimo de uma hora.
Os ensaios não devem ser atrasados por causa do som, pois o tempo de ensaio antes do culto é exíguo. A diminuição forçosa da duração do ensaio traz prejuízos para toda a equipe.
Se o técnico escalado pressentir problemas quanto à complexidade da operação, ou ainda escassez de tempo para montagem, ele pode e deve procurar ajuda de um colega de ministério para que juntos possam garantir a qualidade e prestatividade do serviço de som.
Durante o ensaio, o técnico deve procurar atender às necessidades do grupo, buscando a colaboração dos músicos para ajustar o que for necessário para equilibrar o som. Participando do ensaio, o técnico familiariza-se com o que vai ser executado musicalmente, o que sem dúvida favorece a qualidade da sonorização durante o culto.
Até o horário do culto o técnico deve se certificar de que cada microfone, cada canal, cada caixa acústica esteja funcionando adequadamente. Em hipótese alguma o som deve causar atrasos ao início do culto.
RESPONSABILIDADES DOS DIRIGENTES DE LOUVOR
Selecionar as músicas que serão usadas, informando com antecedência o líder dos músicos escalados, e fazer um planejamento do ensaio.
Ao inserir novas canções ao repertório, procurar suprir à equipe todas as informações possíveis sobre a música.
Ajudar o líder musical a desenvolver o arranjo, aprender corretamente a melodia da música antes de ensiná-la aos vocalistas ou à igreja, e fornecer aos operadores de data show a letra correta, bem como as informações sobre os autores.
Orientar e supervisionar o bom andamento do ensaio, verificando as atitudes dos músicos e vocalistas, bem como a disciplina quanto ao horário. Observação: “O bom relacionamento entre todos tem prioridade, e nisto há excelência”.
RESPONSABILIDADES DOS VOCALISTAS
Preparar-se para os ensaios e ser pontual, tendo um espírito excelente, buscando trazer encorajamento aos colegas, evitando tumultuar o ambiente de ensaio.
Cada vocalista deve ter a disposição de acatar as orientações do líder musical, compreendendo que “inventar vozes” sem a aprovação do arranjador geralmente não dá certo. Todos devem procurar submeterem-se uns aos outros com humildade, mansidão e domínio próprio, e nisto há excelência.
Manter-se atento à escala, evitando a todo custo faltar por omissão, e lembrar-se de que faz parte de uma equipe.
É desejável que o vocalista procure sempre aprimorar suas técnicas vocais e teóricas, aprenda a ler partituras e desenvolva a percepção musical para melhor servir.
RESPONSABILIDADES DOS INSTRUMENTISTAS
Chegar antes do horário marcado para o ensaio para montar e afinar o instrumento, regular o amplificador, observar a lista de músicas e buscar orientação do líder musical caso não esteja seguro da boa execução de alguma música.
Zelar pela boa manutenção dos instrumentos. Manusear o instrumento com o devido cuidado, limpar e guardar devidamente após o uso. Ao perceber qualquer anormalidade no instrumento ou em seus acessórios, comunicar imediatamente ao líder da banda ou o responsável por aquele equipamento.
Constatar que falta uma corda no violão ou que sumiu o pedal do teclado quando não há antecedência suficiente para tomar providências é algo que prejudica toda a equipe.
Manter-se tecnicamente preparado para que não dependa totalmente do ensaio de domingo, evitando ocupar um tempo precioso para aprender músicas que já faziam parte do repertório.
Estar disponível e disposto para ensaiar no domingo em que estiver escalado, evitando que suas outras atividades prejudiquem o ministério. Por exemplo, se no domingo pela manhã houver ensaio, procurar ter uma boa noite de sono para chegar ao ensaio pontualmente e bem disposto. O músico que compreende o privilégio que tem de participar desse ministério, valoriza e prioriza o tempo de ensaio, e nisto há excelência.
O músico deve ter a disposição de acatar as orientações do dirigente ou do líder musical, adequando a técnica usada no instrumento de modo a não “destoar” do resto do grupo. Todos devem procurar submeter-se uns aos outros com humildade, mansidão e domínio próprio, e nisto há excelência.
Procurar disposição e disponibilidade para participar de ensaios extras, conforme necessidade ou solicitação, em dia e horário a ser agendado pelo líder ou dirigente.
RESPONSABILIDADES DOS OPERADORES DE DATA SHOW
Participar do ensaio, quando este é realizado no salão de culto. Nesta situação a equipe precisa que as letras sejam exibidas, e não é conveniente esperar que o técnico de som ou alguém mais cumpra essa função. No ensaio é possível familiarizar-se com as músicas, e conhecê-las bem é importante para a exibição das letras no tempo e na seqüência correta.
Montar todo o equipamento com antecedência, se necessário pedindo ajuda aos técnicos de som, que estão habilitados a resolver os problemas mais comuns no data show.
Verificar a lista e a seqüência das músicas com o dirigente. Ao receber arquivos dos interessados em dar avisos à igreja, informar que os mesmos serão submetidos ao dirigente ou ao pastor responsável pela pregação. Proceder conforme a orientação que receber.
Após o início do culto, os operadores de data show, assim como os técnicos de som, estão autorizados a negar o aceite de qualquer pedido de aviso, se necessário com certa veemência, pois durante o culto os operadores devem se manter muito atentos, e qualquer distração pode prejudicar seu trabalho.
Após o culto, desligar e guardar os equipamentos.